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sexta-feira, 18 de julho de 2014

Furnas e CTG firmam acordo para investimentos conjuntos em geração.

A Eletrobras Furnas e China Three Gorges (CTG) firmaram um acordo de cooperação estratégica nesta quinta-feira (17/07), que prevê a possibilidade de investimentos conjuntos em energia eólica e solar, em atividades de pesquisa e desenvolvimento (P&D), além do desenvolvimento de estudos em projetos hidrelétricos no país, como o do Complexo Tapajós, cuja primeira usina poderá ser licitada ainda neste ano, segundo a expectativa do governo.







O acordo, que tem validade de três anos, prevê também que a Cwei Brasil Participações, braço da CTG no Brasil, integre a Sociedade de Propósito Específico (SPE) para construção e operação da UHE São Manoel (700 MW), que será instalada no rio Teles Pires, entre o Mato Grosso e o Pará. A chinesa possui 21,35% das ações da Energias de Portugal (EDP), sócia de Furnas na SPE.

A parceria entre Furnas e a CTG foi destacada pela presidente Dilma Rousseff, durante a solenidade de assinatura dos 32 acordos bilaterais - em áreas como transporte, infraestrutura, tecnologia, comércio e educação, além de energia - entre os dois países. "A crescente presença da China no setor elétrico brasileiro é bem-vinda", disse, durante a solenidade que contou com a presença do presidente chinês, Xi Jinping.

Transmissão

A presidente também destacou uma outra parceria de Furnas, mas desta vez com outra companhia chinesa, a State Grid. As empresas são sócias na construção da linha de transmissão que escoará a energia produzida pela UHE Belo Monte (11.233MW-PA), a primeira em ultra-alta-tensão na América. Elas venceram o leilão realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), no dia 7 de fevereiro.

Para o presidente da Eletrobras, José da Costa Neto o acordo com a State Grid é fundamental para os dois países e garantiu que a empresa brasileira procurará novas áreas de cooperação com a companhia chinesa. “Creio que há um enorme campo para parcerias do tipo 'ganha-ganha', com benefício mútuo para o Brasil e a China”, afirmou José da Costa.

Para o presidente do conselho da State Grid, Liu Zhenya, Brasil e China apresentam similaridades na distribuição de energia. Segundo ele, os dois países possuem bases de geração distantes dos centros de carga, com distâncias acima de 2000 km, fato que cria a demanda para a construção de canais de escoamento de energia de longa distância, alta capacidade e baixas perdas, de forma a atender às necessidades de desenvolvimento econômico e social sustentável.

Fonte: Jornal Energia 18/07/2014 

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