O juiz da 5ª Vara Federal de Presidente Prudente, Ricardo Uberto Rodrigues, concedeu nesta semana uma liminar, em ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal (MPF), que suspende o processo de exploração de gás no Oeste Paulista. Na decisão, a Justiça Federal suspende os efeitos decorrentes da 12ª Rodada de Licitações promovida pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) em relação à disponibilização dos blocos da bacia do Paraná – PAR-T-198, PAR-T-199, PAR-T-218, PAR-T-219 e PAR-T-220 (Setor SPAR-CN) –, situados na região oeste do Estado de São Paulo, para a exploração de gás de folhelho com uso da técnica de fraturamento hidráulico.
O Presidente da Associação Brasileira de Fomento as Pequenas Centrais Hidrelétricas (Abrapch) e da ENERCONS, engenheiro Ivo Pugnaloni, fez um comentário sobre a matéria publicada no site Ifronteira, que pode ser lida clicando aqui. Abaixo, segue o comentário:
Com tanta energia renovável sobrando, sem ser aproveitada - graças aos preços inexequíveis e muito baixos para comprar esse tipo de energia nos leilões promovidos pela EPE - e com preços tão generosos para as térmicas que nos comem 40 bilhões de dólares em 2 anos, a ANP ainda insiste com essa coisa de “fracking”, muito perigosa, essa sim, para o meio ambiente. E não as PCHs.
O “fracking” sim é prejudicial ao meio ambiente como mostra essa reportagem da Heloísa Vilela na TV Record.
O Ministério Público Federal e o Juiz Federal agiram corretamente nesse caso e assim, mais uma região, no Sudoeste de São Paulo, além do Oeste do Paraná, do Oeste da Bahia e do Sul do Maranhão vem se somar às áreas onde essa balela do gás de xisto pelo método fracking está proibida no Brasil.
Isso mostra a importância da ABRAPCH e todos os empreendedores, aumentarem seus laços com o Ministério Publico, Federal e estaduais, para mostrar a realidade das PCHs, seus benefícios ao meio ambiente, que podem ser encontrados no nosso site e na nossa cartilha.
Agora falta apenas Acre e Norte do Mato Grosso para existir a proibição completa da continuidade da exploração do gás de xisto por esse processo altamente agressivo nas áreas leiloadas em 2013 pela ANP, no Rio de Janeiro, sem audiência publica e sem ouvir ninguém, sem a existência nem mesmo de quaisquer normas ambientais específicas e contra parecer técnico de Grupo de Trabalho do IBAMA.
O tal “fracking” foi mais uma balela para enganar incautos, que, na verdade, foi usada apenas para encobrir uma manobra de “dumping” que cortou pela metade o preço do barril de petróleo, provavelmente com finalidades políticas de causar a inviabilidade artificial da exploração de novas jazidas como a do Pré-Sal, desestimular investimentos de concorrentes, para manter o mercado sob o controle do cartel da OPEP.
Veja mais aqui nesse artigo do “Le Monde Diplomatique – BRASIL”
Conheça mais sobre o “fracking” e o gás de xisto aqui.
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